Lembro-me tão bem..
Sozinha em casa, ligo a televisão..
Um prédio a arder.. Estranho, pensei do alto dos meus 11 anos..
Mas a verdade é que tudo o que presenciei através do ecrã da sala, tudo o que ouvi, todas as emoções que foram transmitidas ficaram gravadas.
Logicamente, não tinham o mesmo significado que assumem agora, anos volvidos sobre o acontecimento, mas também anos ganhos em experiência de vida. Mas lembro-me daquele dia, e lembro-me essencialmente do horror que me invadiu.
Os gritos, o fumo, as correrias.. Nada daquilo fazia sentido na minha cabecinha... Falava-se em terrorismo, mas eu só via aviões a cair e prédios a arder!
Não esquecendo o mais marcante.. Essa sim, a imagem que sempre aparecerá na minha mente quando se falar em 11 de Setembro: Pessoas, dezenas de pessoas a atirarem-se do prédio em chamas, dezenas de andares percorridos em queda livre, corpos esfrangalhados na procura da salvação, ou da morte mais fácil que as chamas..
E agora, 8 anos volvidos, posso dizer com toda a certeza.. Por mais que possa ter pensado sobre o assunto e compreendido o que havia pra compreender, continuo sem perceber as acções, os gestos, as motivações, no fundo, as pessoas
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